quinta-feira, 31 de maio de 2012

Homens que desejam mulheres que não existem


OS HOMENS DESEJAM AS MULHERES QUE NÃO EXISTEM

Está na moda - muitas mulheres ficam em acrobáticas posições ginecológicas para raspar os pêlos pubianos nos salões de beleza. Ficam penduradas em paus-de-arara e, depois, saem felizes com apenas um canteirinho de cabelos, como um jardinzinho estreito, a vereda indicativa de um desejo inofensivo e não mais as agressivas florestas que podem nos assustar. Parecem uns bigodinhos verticais que (oh, céus!...) me fazem pensar em... Hitler.
Silicone, pêlos dourados, bumbuns malhados, tudo para agradar aos consumidores do mercado sexual. Olho as revistas povoadas de mulheres lindas... e sinto uma leve depressão, me sinto mais só, diante de tanta oferta impossível. Vejo que no Brasil o feminismo se vulgarizou numa liberdade de "objetos", produziu mulheres livres como coisas, livres como produtos perfeitos para o prazer. A concorrência é grande para um mercado com poucos consumidores, pois há muito mais mulher que homens na praça (e-mails indignados virão...) Talvez este artigo seja moralista, talvez as uvas da inveja estejam verdes, mas eu olho as revistas de mulher nua e só vejo paisagens; não vejo pessoas com defeitos, medos. Só vejo meninas oferecendo a doçura total, todas competindo no mercado, em contorções eróticas desesperadas porque não têm mais o que mostrar. Nunca as mulheres foram tão nuas no Brasil; já expuseram o corpo todo, mucosas, vagina, ânus.
O que falta? Órgãos internos? Que querem essas mulheres? Querem acabar com nossos lares? Querem nos humilhar com sua beleza inconquistável? Muitas têm boquinhas tímidas, algumas sugerem um susto de virgens, outras fazem cara de zangadas, ferozes gatas, mas todas nos olham dentro dos olhos como se dissessem: "Venham... eu estou sempre pronta, sempre alegre, sempre excitada, eu independo de carícias, de romance!..."
Sugerem uma mistura de menina com vampira, de doçura com loucura e todas ostentam uma falsa tesão devoradora. Elas querem dinheiro, claro, marido, lugar social, respeito, mas posam como imaginam que os homens as querem.
Ostentam um desejo que não têm e posam como se fossem apenas corpos sem vida interior, de modo a não incomodar com chateações os homens que as consomem.
A pessoa delas não tem mais um corpo; o corpo é que tem uma pessoa, frágil, tênue, morando dentro dele.
Mas, que nos prometem essas mulheres virtuais? Um orgasmo infinito? Elas figuram ser odaliscas de um paraíso de mercado, último andar de uma torre que os homens atingiriam depois de suas Ferraris, seus Armanis, ouros e sucesso; elas são o coroamento de um narcisismo yuppie, são as 11 mil virgens de um paraíso para executivos. E o problema continua: como abordar mulheres que parecem paisagens?
Outro dia vi a modelo Daniela Cicarelli na TV. Vocês já viram essa moça? É a coisa mais linda do mundo, tem uma esfuziante simpatia, risonha, democrática, perfeita, a imensa boca rósea, os "olhos de esmeralda nadando em leite" (quem escreveu isso?), cabelos de ouro seco, seios bíblicos, como uma imensa flor de prazeres. Olho-a de minha solidão e me pergunto: "Onde está a Daniela no meio desses tesouros perfeitos? Onde está ela?" Ela deve ficar perplexa diante da própria beleza, aprisionada em seu destino de sedutora, talvez até com um vago ciúme de seu próprio corpo. Daniela é tão linda que tenho vontade de dizer: "Seja feia..."
Queremos percorrer as mulheres virtuais, visitá-las, mas, como conversar com elas? Com quem? Onde estão elas? Tanta oferta sexual me angustia, me dá a certeza de que nosso sexo é programado por outros, por indústrias masturbatórias, nos provocando desejo para me vender satisfação. É pela dificuldade de realizar esse sonho masculino que essas moças existem, realmente. Elas existem, para além do limbo gráfico das revistas. O contato com elas revela meninas inseguras, ou doces, espertas ou bobas mas, se elas pudessem expressar seus reais desejos, não estariam nas revistas sexy, pois não há mercado para mulheres amando maridos, cozinhando felizes, aspirando por namoros ternos. Nas revistas, são tão perfeitas que parecem dispensar parceiros, estão tão nuas que parecem namoradas de si mesmas. Mas, na verdade, elas querem amar e ser amadas, embora tenham de ralar nos haréns virtuais inventados pelos machos. Elas têm de fingir que não são reais, pois ninguém quer ser real hoje em dia - foi uma decepção quando a Tiazinha se revelou ótima dona de casa na Casa dos Artistas, limpando tudo numa faxina compulsiva.
Infelizmente, é impossível tê-las, porque, na tecnologia da gostosura, elas se artificializam cada vez mais, como carros de luxo se aperfeiçoando a cada ano. A cada mutação erótica, elas ficam mais inatingíveis no mundo real. Por isso, com a crise econômica, o grande sucesso são as meninas belas e saradas, enchendo os sites eróticos da internet ou nas saunas relax for men, essa réplica moderna dos haréns árabes. Essas lindas mulheres são pagas para não existir, pagas para serem um sonho impalpável, pagas para serem uma ilusão. Vi um anúncio de boneca inflável que sintetizava o desejo impossível do homem de mercado: ter mulheres que não existam... O anúncio tinha o slogan em baixo: "She needs no food nor stupid conversation." Essa é a utopia masculina: satisfação plena sem sofrimento ou realidade.
A democracia de massas, mesclada ao subdesenvolvimento cultural, parece "libertar" as mulheres. Ilusão à toa. A "libertação da mulher" numa sociedade ignorante como a nossa deu nisso: superobjetos se pensando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor e dinheiro. A liberdade de mercado produziu um estranho e falso "mercado da liberdade". É isso aí. E ao fechar este texto, me assalta a dúvida: estou sendo hipócrita e com inveja do erotismo do século 21? Será que fui apenas barrado do baile?
Arnaldo Jabor

Tem gente que não gosta


Um homem que morreu de amor

                                    Antôno Maria





Homem de muitas atividades, Antônio Maria foi também produtor e diretor de shows e programas de televisão. Por conta da boemia, sempre trocava o dia pela noite, mas dava conta de tudo. Teve época em que fazia, simultaneamente, três programas semanais na Rádio Mayrink Veiga, um programa na Rádio Nacional, uma crônica para a revista Manchete, uma para O Globo e seis para o Diário Carioca e, de quebra, ainda arrumava tempo para compor. 

Nos últimos meses de vida, já doente do coração e um pouco afastado das madrugadas, montou com Ivan Lessa, no Rio de Janeiro, um escritório de produções para TV. Do seu primeiro casamento (com a pernambucana Maria Gonçalves Ferreira), teve dois filhos: Maria Rita e Antônio Maria Filho. E, como todo boêmio, amou muitas mulheres. Segundo José Aparecido, a última grande paixão de Antônio Maria foi Danusa Leão, que ele roubou do proprietário do jornal Última Hora, Samuel Wainer, e por isso foi demitido, passando cinco meses desempregado. 

Quando conseguiu um novo emprego, a primeira crônica que Maria escreveu tinha o título "O bom caráter" e começava assim: "Aqueles que dizem que mulher de amigo meu pra mim é homem estão enganados; porque mulher de amigo meu é mulher mesmo." 

Quando sofreu o enfarte, Antônio Maria já estava separado de Danusa Leão. E José Aparecido, que seis meses antes havia dividido um apartamento com o cronista, depois contaria: "Estávamos numa situação muito difícil. Eu, cassado e o Antônio Maria vivendo a sua mais profunda crise sentimental. Foi o único homem que vi morrer de amor. 



                                         Frases



"No Brasil, a gente só fala mal de quem não conhece. Conhecendo, fica amigo." 

"Toda mulher, após trinta dias de felicidade sente fome e sede de desgraça. Só não irá embora se não tiver condução." 

"Para esquecer uma mulher, é preciso gostar imediatamente de outra, embora seja impossível gostar de outra enquanto não se esquece uma mulher." 

"A única vantagem de viver com uma mulher é a mulher mesmo. Aponte outra!" 

"Como deve ser triste a vida dos homens que têm mulheres de tarde, em apartamentos de chaves emprestadas, com lençóis dos outros!" 

"Qualquer governo forte, que procure governar sem oposição e sem crítica, enveredará, fatalmente, na violência, cometerá ímpetos que abreviará sua queda." 

"É preciso criar uma polícia que saiba prender, que se contente em prender." 

"O suicídio só seria solução se a gente não morresse. Mas geralmente, quem se suicida, morre." 

"As pessoas que completam bodas de prata e ouro são doentes." 

"Só há uma vantagem na solidão: poder ir ao banheiro com a porta aberta." 

"Qualquer dia eu vou morrer é assim mesmo, num bar." 


"Se você me encontrar dormindo, deixe; morto, acorde." único homem que vi morrer de amor.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Que País é esse?

Para onde estamos indo?, que País é esse que suporta todo tipo de bandidagem que o PT vem cometendo durante todo esse tempo?
Todo dia é uma notícia sobre corrupção, Mensalão, Lulla fazendo pressão para não ter julgamento do Mensalão.
Onde estão os homens e mulheres de bem nesse País, estamos falando sozinhos?
Nós que nos indignamos somos os loucos, será que devemos deixar passar e ficar acomodados em casa vendo a banda passar???
Que País é esse????

No cinema sozinha


domingo, 27 de maio de 2012

Eu já tive um Bingo

Pessoal não é uma pegadinha, eu tive um cão chamado Bingo.
Bingo foi o cão mais feio dos quais eu adotei, que foram e são muitos aliás. O Bingo tem uma história interessante, vivia em uma esquina perto do meu apartamento e não era muito sociável, não era agressivo, mas não fazia festinha quando se passava por perto, por sinal o nome Bingo foi dado por pessoas que passavam e sempre jogavam algo para ele.
Uma noite em uma atitude covarde de um ser humano imbecil o Bingo foi atacado por um Pitt Bul, que o covarde levava para treinar ataques para participar de rinhas, o Bingo foi um alvo certeiro, por pouco não morreu, perdeu alguns dentes e ficou todo ferido. Minha amiga presidente da UIPA pediu socorro para que eu levasse o Bingo para casa e tratasse dele até ele se recuperar. Foi o que eu fiz, coloquei ele no banheiro de empregada e fui cuidando e alimentando ele, mas como colocar ele de volta para as ruas?, como conseguir alguém que quisesse um cão velho sem dentes todo marcado, com falhas de pêlo?, então Bingo passou a fazer parte da família.
Bingo viveu mais uns 3 anos e podem ter certeza o olhar que ele tinha era de uma total paixão e de um agradecimento imenso, acho que ele sabia que estava tendo um pouco de conforto e carinho no final da sua vida, era um olhar que expressava uma gratidão, na época meu marido dizia que ele parecia o King Kong apaixonado por uma loira (risos), mas a melhor recompensa foi minha, que pude dar um final de vida digno para um cão velho e abandonado.

Il bacio sulla Bocca Ivano Fossati


Nel primo bacio d'amore rivive il paradiso terrestre. (George Byron)


L’origine del bacio, a detta degli antropologi, risale alla preistoria, quando le nostre antenate per nutrire i loro piccoli sminuzzavano il cibo nella loro bocca prima di passarlo, attraverso una sorta di bacio alimentare, ai piccoli.
Desmond Morris, sostiene nel libro "L’uomo e i suoi segreti" che le madri svezzavano i loro figli masticando il cibo e dandolo loro con un bocca a bocca che implicava una notevole quantità di pressioni reciproche della lingua e delle labbra, un modo di nutrire i bambini simile a quello degli uccelli, secondo lui la nostra specie l’ha probabilmente praticato per più di un milione di anni.
Gli amanti che si esplorano reciprocamente la bocca con la lingua ritroverebbero, quindi, il benessere arcaico e la sensazione di gratificazione e fiducia della nutrizione bocca a bocca. Questo, per il biologo, rafforzerebbe la loro confidenza e il loro legame. Anche secondo Freud, attraverso il bacio, si recupera il soddisfacimento dell’oralità dell’ infanzia. La bocca è il primo strumento privilegiato attraverso cui i bambini conoscono le persone, gli oggetti il mondo. I bambini portano tutto alla bocca, perché è un organo estremamente sensibile e luogo di transito di ciò che dà più soddisfazione: il cibo.
La sensazione che scaturisce da un bacio è estremamente complessa ed alla base dell’emozione che provoca vi è il lavoro di ben 35 muscoli facciali, un’accelerazione del battito cardiaco, un aumento della pressione e la messa in circolo di sostanze neuro ormonali che tendono ad innalzare l’umore. Il bacio è proprio degli esseri umani, l’Homo sapiens sembra infatti l’unica specie animale che si scambia baci, anche se a volte degli scambi di effusioni tra animali sembrano affettuosi o passionali baci. 








                                                       Tradução
                
A origem do beijo, de acordo com antropólogos, remonta aos tempos pré-históricos,quando os nossos antepassados ​​para alimentar sua sminuzzavano jovem a comidana sua boca antes de passar por uma espécie de alimento beijo para as crianças.
Desmond Morris diz no livro "O Homem e Seus Segredosque as mães svezzavanoseus filhos mastigar a comida e deu-lho com um boca a boca que envolveu uma quantidade significativa da pressão dos pares da língua e dos lábios, uma maneira de alimentar crianças semelhantes aos das aves, segundo ele, a nossa espécie, provavelmente praticado por mais de um milhão de anos.
Os amantes que explorar o outro da boca com a língua encontram-se, portanto, o arcaico bem-estar ea sensação de satisfação e confiança de nutrição boca a boca.Isso, para o biólogo, reforçar a sua confiança e seu vínculoAinda de acordo comFreud, através do beijo, ele recupera o cumprimento da infância oralidade "A boca é o primeiro instrumento privilegiado através do qual as crianças conhecem as pessoas, objetos e do mundoAs crianças trazem tudo à boca, porque é um órgão extremamente sensível e ponto de passagem que dá mais satisfação: a comida.
O sentimento que vem de um beijo é causas extremamente complexas e subjacentesda emoção que é o trabalho de 35 músculos faciais, aumento da freqüência cardíaca, a pressão aumentou ea circulação de substâncias neuro-hormonais que tendem para levantar o humor. O beijo é apenas seres humanosHomo sapiens parece as únicas espécies que são trocados beijos, embora às vezes a troca de animais entrederrames parecem beijos afetuosos ou apaixonado.









 De qualquer forma, analisando cientificamente ou não beijar é bom demais.
É a forma mais íntima de duas pessoas ficarem.

sábado, 26 de maio de 2012

O homem ideal

O que nos agrada em um homem

Acho que várias mulheres vão concordar comigo, pelo menos as que gostam de homens.

Um homem perfumado é tudo de bom.
Um homem educado é o máximo.
Um homem inteligente é excelente.
Um homem que às vezes é um menino é encantador.
Um homem que sabe o que quer nos dá confiança.
Um homem que te diz eu te amo sem data para comemorar é o cara.
Um homem que te faz sentir que é a mulher dos sonhos dele não tem preço.
Um homem que tem pegada ah! esse não tem pra ninguém.
Um homem que te abre a porta do carro é um charme.
Um homem que te faça esquecer o mundo na hora do sexo é poderoso.
Homens vocês não sabem como é fácil nos conquistar, saibam ser apenas homens e não machos.

O Homem e a Mulher


O Homem e a Mulher
Victor Hugo
 
O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher é o mais sublime dos ideais.
 
Deus fez para o homem um trono.
Para a mulher, um altar.
O trono exalta.
  O altar santifica.
 
O homem é o cérebro; a mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz; o coração produz Amor.
A luz fecunda.
O Amor ressuscita.
 
O homem é forte pela razão.
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence.
As lágrimas comovem.
 
O homem é capaz de todos os heroísmos.
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece.
O martírio sublima.
 
O homem tem a supremacia.
A mulher, a preferência.
A supremacia significa a força.
A preferência representa o direito.
 
O homem é um gênio; a mulher, um anjo.
O gênio é imensurável; o anjo, indefinível.
Contempla-se o infinito.
Admira-se o inefável.
 
A aspiração do homem é a suprema glória.
A aspiração da mulher é a virtude extrema.
A glória faz tudo grande.
A virtude faz tudo divino.
 
O homem é um código.
A mulher, um evangelho.
O código corrige.
O evangelho aperfeiçoa.
 
O homem pensa.
A mulher sonha.
Pensar é ter no crânio uma larva.
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
 
O homem é um oceano.
  A mulher um lago.
O oceano tem a pérola que adorna.
O lago, a poesia que deslumbra.
 
O homem é a águia que voa.
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço.
Cantar é conquistar a alma.
 
O homem é um templo.
A mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos.
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
 
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra.
  E a mulher onde começa o céu.



Victor Hugo

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Ah! o amor


Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
Luís de Camões

Pratinha só quem já teve sabe do que você fala



Há dois anos, ao voltar de Portugal, cai naquilo que se chama Síndrome de Pânico. Me tratei, sarei. Anafranil mais psiquiatra. Fiquei bom. Há pouco tempo a coisa começou a voltar. Cheguei a escrever aqui sobre o assunto. Cartas, amigos, parentes, todo mundo querendo ajudar. Vocês não podem imaginar como tem gente com Pânico em São Paulo. Todo mundo entende do assunto. E é aí que a gente entra mesmo em pânico. Sai da Síndrome do Pânico e cai na Síndrome do Palpite. O que nos causa outro verdadeiro pânico, bem pior que o primeiro. Neste último mês recebi as seguintes e queridas "recomendações":
* O problema é físico. Físico! Tem que tratar só com remédios. Neurônios. Falta de lítio.
* Tenho um tio que tem isso há cinco anos. Não tem cura. Vai e volta.
* Só psiquiatra, meu filho. Psiquiatra, mais remédio. Tratamento de choque. Começa com 50 mg. Médico três vezes por semana. Tenho uma prima que...
* Maconha é bom. Relaxa...
* Nada de médico psiquiatra que vai te encher de remédio. Tem que fazer é psicanálise. Ir a fundo, descobrir as origens. Na infância. Tem que ir até o útero materno. (claro, qual é o feto que não fica em pânico 9 meses dentre de uma caixa d'água, no escuro?)
* Se tiver que tomar remédio toma Florais. Além do mais, tem conhaque. Só não pode viciar. Florais é o que há. Tenho uma tia que...
* Remédio e análise não estão com nada. Tem um cara no Hospital das Clínicas que está fazendo um trabalho de respiração. É a cura através do pulmão. Tinha um amigo que foi lá e há mais de oito meses que...
* Isso é um trabalho que fizeram contra você. Tem que ir num pai de santo, que é batata. Um descarrego é o melhor negócio. Conheço um na Penha que...
* Não tem que se fazer nada. Isso é frescura. Macho não tem isso.
* Lexotan não, que vicia. Frontal é muito melhor. Basta ver o nome: Frontal. E bate na hora. Cinco minutos e você está bom de novo. Mas não mistura com uísque que dá um barato igual ao Mandrix.
* Só 25 mg de Anafranil? Imagine, a minha ex-mulher chegou a tomar 300 mg por dia. Quando ela se suicidou já estava completamente boa.
* Compra uma bicicleta ergométrica (ou seria egocêntrica?) e pedale meia hora por dia. Com ela meio travada. Vai te fazer bem para a musculatura também. Em uma semana você é outro.
* Homeopatia. "Os semelhantes curam-se pelos semelhantes". Doses homeopáticas. Cura tudo, podes crer.
* Isso é falta de mulher, cara. Falta de carinho. Passa uns dias no Photo.
* Comida natural. Nada de carne vermelha. Arroz integral, soja, nabo, canja de galinha, sem sal (argt!).
* Qual a linha dele? Freudiano? Por isso que você está assim. Vou te arrumar um lacaniano. Lacan, cara, Lacan! Jung também não está com nada!
* Se tiver que fazer terapia tem que ser com mulher. Mulher entende mais de homem, que homem.
* Tem que fazer com homem. Com mulher você vai se envolver emocionalmente com ela. Lembra do meu irmão, né? Deu no que deu.
* Anafranil? Imagina. Agora já tem um bem melhor. Como é mesmo o nome? Não lembro agora. Como é mesmo?...
* Pega a Avenida Brasil congestionada que isso passa na hora.
* Já experimentou cortar o cabelo na lua cheia? Estou falando sério. Tem suas influências. Como as marés. Vá para uma praia fria, que a sua febre logo esfria.
* Se tranque num quarto e ouça as Quatro Estações do Vivaldi o dia inteiro. La Vie en Rose também é bom. Musicoterapia. Vai por mim. Fala com o Nelsinho Motta Mello.
* Construa uma casa na Granja Vianna e mude para lá. O problema é São Paulo.
* Procure ficar sozinho o maior tempo possível.
* Você já notou que pobre não tem Síndrome de Pânico. Isso é coisa da classe média. Culpa!
* Vai ter que tomar remédios o resto da vida!
* Não fique sozinho nunca. Nunca! Principalmente morando no décimo andar. Não que eu queria insinuar algo...
* Escreva sobre o assunto. Uma boa catarse resolve essa frescura.
* Jogue Paciência...
* Isso é coisa de bicha velha!
Por favor, meus queridos amigos e amigas. Me deixem em paz com o meu pânico. Já estou me acostumando com ele. Já estou, de novo, colocando as manguinhas de fora. E, por falar nisso, será que manga com leite não seria uma boa?

Será que existe um amor assim?



A lenda da coroação de Inês de Castro

Era o dia 25 de Abril de 1361. D. Pedro I, fez desenterrar o cadáver de D. Inês de Castro para a proclamar rainha em Coimbra. Depois de preparado e bem ligado o corpo, coberta com a opa [capa] real, a coroa posta sobre a cabeça, erguida num trono recebeu ela as homenagens reais, sendo-lhe beijada a mão gelada por toda a corte. Finda a extraordinária cerimónia, o cadáver coroado foi conduzido de Coimbra ao mosteiro de Alcobaça com uma pompa enorme, estando ao comprido de toda a longa estrada mais de cem mil homens, parados em duas filas, com tochas acessas na mão.

Em Alcobaça mandara o rei erigir dois magníficos túmulos, um para D. Inês e outro para ele, ficando colocados não ao lado, mas os pés de um contra os pés do outro, para que no dia do Juízo Final, ao quebrarem-se as campas e ao erguerem-se os dois corpos, logo se avistassem um ao outro, face a face.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Coisas que a vida ensina depois dos 40

Coisas que a vida ensina depois dos 40
Amor não se implora, não se pede, não se espera... Amor se vive ou não. Ciúme é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você. Animais são anjos disfarçados, mandados a terra por Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade. Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz. As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros. Perdoar e esquecer nos torna mais jovem. Água é um santo remédio. Deus inventou o choro para o homem não explodir. Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso. Não existe comida ruim, existe comida mal temperada. A criatividade caminha junto com a falta de grana. Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar. Amigos de verdade nunca te abandonam. O carinho é a melhor arma contra o ódio. As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida. Há poesia em toda a criação divina. Deus é o maior poeta de todos os tempos. A música é a sobremesa da vida. Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente. Filhos são presentes raros. De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças à cerca de suas ações. Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que abrem portas para uma vida melhor. O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções, destrói preconceitos, cura doenças... Não há vida decente sem amor! E é certo, quem ama, é muito amado. E vive a vida mais alegremente...




Arthur da Távola.

A libertação da mulher


A "libertação da mulher" numa sociedade escravista como a nossa deu nisso: Superobjetos. Se achando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor, carinho e dinheiro.
São escravas aparentemente alforriadas numa grande senzala sem grades.
Mas, diante delas, o homem normal tem medo.
Elas são "areia demais para qualquer caminhãozinho".
Por outro lado, o sistema que as criou enfraquece os homens.
Eles vivem nervosos e fragilizados com seus pintinhos trêmulos, decadentes, a meia-bomba, ejaculando precocemente, puxando sacos, lambendo botas, engolindo sapos, sem o antigo charme "jamesbondiano" dos anos 60.
Não há mais o grande "conquistador".
Arnaldo Jabor

Quem dançou, dançou....


Duas loiras tristes

Ontem vi uma reportagem com Xuxa no Fantástico, não entendi o que aconteceu com a musa dos baixinhos, ou ela está pirando, com crise de meia idade ou fazendo um mea culpa.
Ela declarou ter sido apaixonada por Pelé, que seu grande amor foi  Airton Senna, que foi abusada na infância, que não tem privacidade. Com certeza Xuxa não vai ser nossa Marylin Monroe, essa morreu cedo, era maluquinha, mas tinha uma sensualidade a flor da pele, se atirava na vida e em seus amores sem pensar no amanhã.  Duas loiras tristes, uma a Xuxa  se tornou assexuada e Marilyn só queria ser amada.

domingo, 20 de maio de 2012

Porque gosto e defendo tanto os animais

Uma animal qualquer que seja não espera de você nada além de carinho, comida, abrigo e respeito. . É tão pouco perto do eles nos oferecem, um amor sem medidas, sem segundas intenções, sem cobranças, enfim um amor puro.
Eu procuro defendê-los porque a maldade humana é muito grande, principalmente com seres indefesos, um chute num cão ou gato, uma tourada para um simples divertimento, um circo com animais ( já pensou no peso que um efefante tem que suportar em uma pata só), um rodeio onde um touro tem seus testículos amarrados, para um homem montá-lo e chicoteá-lo? Enfim se estamos compartilhando o mesmo mundo porque não fazê-lo de uma maneira civilizada. É certo que muitos que maltratam já tem uma índole má, são futuros serial killers, mas pessoas normais num ataque de fúria ou descontentamento descontam em um ser indefeso.
Para quem gosta dessas criaturas não tem coisa mais prazerosa em acolher-los, cuidar de suas feridas, alimentar os famintos, pode ter certeza a recompensa é mais nossa do que deles.

O que é amar

sábado, 19 de maio de 2012

PLUTÔT LA VIE



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Plutôt la vie

Plutôt la vie que ces prismes sans épaisseur même si les couleurs son plus pures
Plutôt que cette heure toujours couverte que ces terribles voitures de flammes froides
Que ces pierres blettes
Plutôt ce coeur à cran d'arrêt
Que cette mare aux murmures
Et que cette étoffe blanche qui chante à la fois dans l'air et dans la terre
Que cette bénédiction nuptiale qui joint mon front à celui de la vanité totale
Plutôt la vie

Plutôt la vie avec ses draps conjuratoires
Ses cicatrices d'évasions
Plutôt la vie plutôt cette rosace sur ma tombe
La vie de la présence rien que de la présence
Où une voix dit Es-tu là où une autre répond Es-tu là
Je n'y suis guère hélas
Et pourtant quand nous ferions le jeu de ce que nous faisons mourir
Plutôt la vie

Plutôt la vie plutôt la vie Enfance vénérable
Le ruban qui part d'un fakir
Ressemble à la glissière du monde
Le soleil a beau n'être qu'une épave
Pour peu que le corps de la femme lui ressemble
Tu songes en contemplant la trajectoire tout du long
Ou seulement en fermant les yeux sur l'orage adorable qui a nom ta main
Plutôt la vie

Plutôt la vie avec ses salons d'attente
Lorsqu'on sait qu'on ne sera jamais introduit
Plutôt la vie que ces établissements thermaux
Où le service est fait par des colliers
Plutôt la vie défavorable et longue
Quand les livres se refermeraient ici sur des rayons moins doux
Et quand là-bas il ferait mieux que meilleur il ferait libre oui
Plutôt la vie

Plutôt la vie comme fond de dédain
A cette tête suffisamment belle
Comme l'antidote de cette perfection qu'elle appelle et qu'elle craint
La vie le fard de Dieu
La vie comme un passeport vierge
Une petite ville comme Pont-à-Mousson






Sim a vida

A vida, em vez de os prismas sem profundidade, embora suas cores mais puras
Em vez de as horas que ainda abrangidos os carros terríveis chamas arrefecer
Que esses acelga pedras
Ao contrário filme que o coração
Murmúrios que esta lagoa
E coisas que o branco que canta no ar e terra
Que a bênção do casamento que se junta a minha testa que de vaidade total
Sim a vida

Em vez de viver com suas folhas de prestidigitação
Suas cicatrizes de fugas
Ao contrário, esta vida e não subiu na minha sepultura
A presença de vida nada mas a presença
Quando uma voz disse: Você está onde outro responde Você está aí
Eu sou infelizmente pouco
No entanto, quando jogávamos no que fazemos morrer
Sim a vida

Sim a vida Infância venerável vida melhor
A fita de um faquir
Parece que o slide do mundo
O sol também ser apenas um naufrágio
Enquanto o corpo da mulher se parece com ele
Você está pensando, contemplando o caminho todo o caminho
Ou simplesmente fazer vista grossa sobre a tempestade que nome lindo o seu lado
Sim a vida

Sim a vida com seus salões
Sabendo que nunca será introduzido
Vida ao invés de estas termas
Sempre que o serviço é feito por coleiras
Vida bastante desfavorável e longo
Quando fechava os livros nas prateleiras aqui há menos doce
E quando lá ele faria melhor do que a maioria de modo que seria libertar
Sim a vida

Sim a vida como desdém fundo
Um bastante agradável que a cabeça
Como antídoto para essa perfeição que ela chama e ela teme
Vida a sombra de Deus
A vida como um passaporte em branco
Uma cidade pequena como Pont-à-Mousson
E como todo mundo já disse
Sim a vida