sábado, 25 de fevereiro de 2012

O pai da gorduchinha

Formado em Educação Física, Administração e Direito, Osmar Santos, também conhecido como "O Pai da Matéria", trabalhou como locutor esportivo nas rádios Jovem PanRecord eGlobo onde continua contratado mas sem narrar mais as partidas devido ao grave acidente de automóvel que sofreu em 22 de dezembro de 1994 e que afetou sua fala, que era seu dom. Hoje como artista plástico, dedica parte de seu tempo em pinturas sobre telas. Trabalhou também nas redes de televisão Rede GloboRede Record e Rede Manchete. Narrou a Copa do Mundo de 1986 pela Rede Globo como primeiro locutor, na companhia de Galvão Bueno (2º locutor) e Luís Alfredo (3º locutor). Fez para a Rede Manchete a Copa do Mundo de 1990com comentários de Zagallo.


Tive o grande prazer de conhecer Osmar Santos nos final dos anos 90, ele frequentava o restaurante do qual fui sócia na baixada santista, o carisma que ele emana é tão forte que ninguém fica indiferente a sua passagem.
O sentimento é de satisfação por tê-lo por perto e poder ser testemunha da grande força de vontade desse ser humano incrível.Osmar não passa por ninguém sem fazer um aceno gentil e falar poucas palavras de atenção, não tem como não se emocionar e passar a ser fã, testemunhei seus primeiros passos na pintura, que começou como terapia e se transformou em um dom. Osmar perdeu aquilo que mais o identificava, a capacidade de formar frases, mas o brilho que ele emana não foi perdido, continua sendo  gentil, atencioso e comunicativo com o pouco de palavras que saem de sua boca. Não conheci Osmar antes do acidente, mas já tinha uma grande admiração por ter sido narrador dad diretas já, perdemos um grande locutor, mas ganhamos um pintor que coloca em seus quadros o que gostaria de colocar em palavras.
Que a bola da Copa ganhe o nome de gorduchinha será uma grande homenagem a pessoa e ao grande profissional  do esporte, mas é pouco para esse brasileiro que nos deu tantas alegrias e soube tão bem narrar um jogo de futebol.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Obsessões

O conceito de beleza tem sido definido de acordo com cada época e cultura. O aspecto e o volume do corpo se tornaram um indicador do quanto atraente somos na sociedade a qual pertencemos.

Enquanto para alguns a obesidade é sinônimo de riqueza e poder, para outros ela é vista como pobreza e descuido pessoal. Existem sociedades nas quais uma pessoa magra pode parecer desnutrida enquanto em outro contexto ela é considerada saudável e atlética.

Mas o que acontece quando não estamos satisfeitos com nossa aparência e queremos conseguir uma imagem ideal de acordo com nossa concepção de beleza? O que acontece quando estar gordo ou estar magro vai além de um padrão de beleza e se torna uma doença? Nossa obsessão por um corpo que consideramos ideal pode nos deixar cara a cara com a morte?



Programa que vale a pena ver no NATGEO.

A cura da histeria

No século 19, as mulheres sofriam de um mal chamado histeria, que os médicos explicavam como pertubações no útero causadas por privação sexual. Os sintomas, segundo RachelP.Maines autora do livro The technology of orgasm, eram insônia, cansaço e irritabilidade. E o tratamento, uma massagem estimuladora na vagina, feita manualmente pelo médico - com o consentimento do marido. Sarah Forbes, curadora do Museu do Sexo de NY, diz, porém que na época não se identificava aquela sensação como orgasmo como entendemos hoje. A indicação era como a de um remédio: de quatro a seis minutos, com frequência conforme o necessário. Segundo a sexóloga Carmita Abdo, a fisiologia feminina ainda era pouco conhecida, até por ser anatonicamente pouco exposta, e isso dava margem para mitos como de que a mulher não sentia prazer.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O lado ruim da Felicidade

Ser feliz demais também pode fazer mal a saúde

Nem sempre- e em qualquer medida- a felicidade é boa.
É o que defendem as pesquisadoras Íris Mauss, June Gruber, e Maya Tamir, em um artigo sobre o lado negativo da dita-cuja. Elas reuniram estudos que mostram que níveis muito altos de emoções positivas podem ser associados a comportamentos de risco. A felicidade exarcerbada implica ainda uma possível deficiência de emoções negativas, o que não é nada bom. Afinal o medo evita que pessoas corram riscos desnecessários, a culpa pode impedi-las de repetir os mesmos erros e a tristeza tem um papael importante no amadurecimento e na capacidade de lidar com problemas. Segunda essa revisão de estudos, os benefícios já comprovados da felicidade não aumentam proporcionalmente em casos de altíssimos níveis desse sentimento- ou seja, vive-se melhor com satisfação moderada do que feliz ao extremo.

Artigo publicado pela revista super interessante.-

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A visão médica do aborto



Nelson Drawing 1977
O dualismo pulsional entre a rejeição à gravidez e o desejo de engravidar é um aspecto todo especial das situações de grande ambigüidade típicas da natureza e da constituição feminina, possuindo, inclusive, notórias bases biológicas e psicofísicas. Na mulher, a problemática relativa ao confronto entre o seu lado afrodisíaco e o instinto maternal ( seu lado demétrico ) é muito complexa, e assim é perfeitamente compreensível a existência do conflito. Ante a esta situação, costumo salientar que a própria natureza feminina se divide em duas "metades": uma fica mais ligada ao seu lado afrodisíaco, e a outra ao instinto maternal. 
O erotismo feminino é, em boa parte, um auto-erotismo relacionado ao próprio corpo e à estética deste, caracterizando-se por um forte componente narcisista. Isto cria nas mulheres uma grande preocupação com a preservação da estética e da boa forma de seus corpos - vide o enorme empenho que elas dedicam a se embelezarem. Por outro lado, para o instinto maternal ser satisfeito, é necessário um considerável sacrifício do corpo feminino ( isto sem falar nas demais implicações e problemas decorrentes da maternidade em outras áreas da vida da mulher ). Aqui está, a meu ver, a principal razão da ambigüidade feminina com relação ao desejar e ao rejeitar a gravidez.
É um inegável fato médico que a gravidez e o parto de muito sacrificam a mulher visto que, além da grande sobrecarga fisiológica e até mesmo do risco de vida que acarretam, provocam no seu corpo intensas distorções e estiramentos de tecidos que nem sempre retornam completamente ao normal durante e após o puerpério. Este fato entra em choque com o grande empenho feminino em preservar a estética, a forma e até mesmo a saúde do seu corpo. Sob o ponto de vista corpóreo, a gestação e o parto não beneficiam o corpo da mulher em quase nada - exceto por uma certa redução na incidência do câncer de mama. Na realidade, a gestação e o parto são muito mais prejudiciais à mulher, pois, como vimos, implicam em considerável "agressão" anatômica e fisiológica ao seu corpo.
Este dualismo das atitudes femininas com relação ao evitar e ao desejar a gravidez tem diversas consequências, tanto na vida da mulher como na própria prática ginecológica, entre as quais podemos citar o uso irregular dos anticoncepcionais, a ocorrência de gestações conflituadas e o problema do aborto.
Falemos então agora sobre o aborto.
Considero o direito à interrupção de gestações indesejadas, isto é, o direito ao aborto, como um direito fundamental da mulher, e que inclusive se relaciona com a própria preservação do corpo feminino contra os pesados sacrifícios que a gestação e o parto impõem a este. Aqui, os tão debatidos direitos do embrião não podem prevalecer sobre os direitos da mulher que o abriga em seu corpo - corpo este que terá de ser consideravelmente sacrificado para que o embrião se desenvolva e nasça - ainda mais se tal ocorre contra a vontade da mulher. Os aspectos lesivos da gravidez e do parto para a mulher costumam ser sempre "ignorados" por aqueles que, muitas vezes de forma fanática, são contra a legalização ou descriminalização do aborto. Entretanto, como disse há pouco, estes aspectos lesivos constituem um inegável fato médico, uma inegável realidade médica, e todos nós, ginecologistas, os conhecemos muito bem.
Vivemos em uma cultura que mitifica excessivamente as glórias da maternidade e tenta não ver o seu lado negativo - e tudo na vida tem tanto o seu lado positivo, como o negativo. Apesar dos seus aspectos gratificantes e construtivos quando inteiramente desejada, temos de reconhecer que a gravidez também apresenta consideráveis aspectos lesivos. Quanto ao reconhecimento deste fato quero chamar a atenção para que, dependendo da ótica através da qual vemos uma determinada situação, a realidade pode aparecer diante de nós em diferentes formas e, assim sendo, aspectos usualmente não percebidos da mesma podem adquirir feições inteiramente novas. Pode parecer chocante o que vou dizer mas, biologicamente ( apesar de "naturalmente" ), o comportamento do embrião em relação ao organismo da sua hospedeira é de caráter francamente espoliativo. E o parto, o nascimento, é violento, tanto para a mãe quanto para a própria criança .
As diversas seqüelas que a gestação e o parto podem deixar no corpo feminino são, como já disse, muito bem conhecidas de todos nós, ginecologistas, e também das próprias mulheres. Assim, é necessário desejar muito ter um filho para que todos estes sacrifícios e riscos inerentes à gravidez e ao trabalho de parto possam ser suportados de bom grado e com satisfação pela mulher, e para que a criança seja acolhida com amor.
Além deste aspecto da preservação do corpo feminino contra o que chamo de "agressões fisiológicas da gravidez e do parto", existem todos os outros motivos já bastante discutidos por todos e que também dão, a meu ver, o pleno direito à mulher ao aborto. Porém, parece-me que os fatos aqui expostos ( freqüentemente não lembrados ou não conceituados corretamente pela maioria dos que debatem a questão ) é que podem colocar o ponto final na discussão, reconhecendo de uma vez por todas este direito fundamental da mulher com relação ao seu corpo.
É preciso que se compreenda que, ante a ocorrência acidental de uma gestação não desejada, a única forma de a mulher se preservar dos danos corporais que a evolução da mesma lhe acarretará é o aborto. E aqui, como já disse, dada a situação toda peculiar do embrião, os direitos deste não podem prevalecer sobre os da sua hospedeira.
Com relação a uma gravidez que é deixada evoluir sob condições de forte rejeição, eu também gostaria de salientar que as implicações deste fato para a criança que irá nascer são também consideráveis, não devendo, portanto, ser negligenciadas. Lamentavelmente, este é outro aspecto que aqueles que se opõem ao direito da mulher ao aborto ingênua ou tendenciosamente costumam esquecer.
Fazendo um breve retorno ao tema da ambigüidade pulsional da mulher com relação ao rejeitar e ao desejar a gravidez, deve ser aqui enfatizado que a não conscientização pela maioria das mulheres desta natural situação de ambigüidade tem diversas implicações na prática ginecológica. Entre elas, podemos citar: 1) o uso incorreto dos anticoncepcionais, com todas as preocupações daí decorrentes, o que cria várias dificuldades para uma vida sexual gratificante e tranqüila; 2) a frequente ocorrência de gestações indesejadas ( ou desejadas por um lado e rejeitadas pelo outro, consciente ou inconscientemente ) que têm de ser resolvidas através do aborto; 3) os problemas de gestações que são deixadas evoluir sob forte rejeição e, conseqüentemente, dentro de um quadro emocional adverso.
Nelson Soucasaux é ginecologista. Formado em 1974 pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é autor de diversos trabalhos publicados em revistas médicas e dos livros "Novas Perspectivas em Ginecologia" e "Os Órgãos Sexuais Femininos: Forma, Função, Símbolo e Arquétipo", publicados pela Imago Editora, Rio de Janeiro, 1990, 1993.

Mulheres e seu direito ao corpo

Atualmente o assunto em voga tem sido a liberação do aborto.
Que assunto mais polêmico, tem lotado o twitter, principalmente sendo usado como arma política contra o PT, o que mais me assusta é que mesmo estando no século XXI o preconceito é tão grande que assusta.
Tirando a política de lado, o que vejo é o machismo enrustido nos que são contra o aborto, os que mais se colocam contra são os homens, como pode o governo ou pessoas terem o direito de proibir ou não uma coisa tão pessoal como uma gravidez. Esse assunto me deixa indignada pelo fato da total falta de argumentos dos que se dizem contra, alguns dizem que é pecado, que é um crime, que as mulheres é que devem fechar as pernas, enfim uma hipocrisia. Preferem que nasçam filhos indesejados, que sejam abandonados, se tornem trombadinhas, mas aborto não. Enfim assunto polêmico, mas que existe, e alguns fazem de conta que não existe. Quantas mulheres pobres morrem num aborto mal sucedido. Ninguém quer saber desses números.
Enfim eu sempre fui a favor, e que atire a primeira pedra quem não tem pecado.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Vida

O que é a vida?
É o que fazemos no dia a dia?, é se encantar com coisas pequenas, como o mar o vento.
É fazer do seu dia algo produtivo, algo que traga prazer?
É ter amigos, família, é ser sozinho?
É se gostar, é gostar de alguém?, é viver sem pensar no amanhã?
Vida o que é a vida?

Homens X Mulheres

O que nos faz tão diferentes?
O cérebro?
O sexo?
Será que somos tão diferentes assim?, ou a sociedade nos impõe papéis diferentes? Homens tem que ser mais duros, mais diretos, mais racionais? Mulheres tem que ser mais dóceis, mais emotivas?, ou tudo não passa de pura convenção?

Para que serve o Carnaval?

CARNAVAL

Para que serve o Carnaval?
Colocar para fora as inibições, as fantasias ou simplesmente ter 4 dias para não pensar em nada?
A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão "carnis valles", que, acabou por formar a palavra "carnaval", sendo que "carnis" em latim significa carne e "valles" significa prazeres.


Somos tão travados no dia a dia que temos que ter 4 dias para colocar para fora nossa verdadeira identidade?.