sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Filarmônica de Berlim e Scorpions belissímo


Por uma vez em minha vida


Por uma vez em minha vida eu tenho alguém que precisa de mim
Alguém que eu tenho precisado a tanto tempo
Por uma vez sem medo eu posso ir onde a vida me levar
E de qualquer forma eu sei que eu estarei forte

Por uma vez eu posso tocar o que meu coração costumava sonhar
Antes de conhecer
Alguma pessoa apaixonada gosta de você
Pode fazer meus sonhos se tornarem realidade

Por uma vez na minha vida eu não permitiria a tristeza me machucar
Não como me machucou antes
Por uma vez eu tenho alguém que eu sei que não me deixaria
Eu não estou mais sozinho

Por uma vez eu posso dizer: isto é meu e você não pode tirar
Como eu sei que eu amo eu posso fazer issoPor uma vez na minha vida eu tenho alguém que precisa de mim


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Saudades de um tempo que não volta mais

Essa música me lembra de tempos de muita paixão.

O que o PT tirou de mim.


Assistindo todo esse circo do Julgamento do Mensalão, comecei a pensar sobre tudo que nos foi tirado nesse tempo todo que o PT tem ficado a frente do governo.
 Acho  que muita gente deve se sentir assim, , pudemos viajar muitas vezes pelo Brasil, pelo exterior, não por querer parecer esnobe, queria conhecer outras culturas, outros mundos, visitar museus, ir a Broodway assistir musicais, mas tudo isso com dinheiro, que não era ganho sem esforço não. Um dia você começa a pensar em ter o seu negócio, a não querer depender de salário, e como muitos na minha época   viver o sonho de ter um negócio e curtir um pouco mais a vida, isso entre os anos 98 até 2000, depois os sonhos foram se esvaindo, até porque a antiga classe média a qual pertencia não existia mais, fomos sendo achatados lentamente, lutamos muitos anos para sobreviver, mas com a continuidade do PT no poder só nos levou mais para baixo. Como voltar ao mercado de trabalho? tudo mudou, os anos passam, pessoas mais novas sendo contratadas, então você começa a trabalhar como consultor, e vai percebendo que seus conhecimentos não são tão valorizados, a nova geração que veio não valoriza muito a cultura, os livros, o conhecimento, fora isso, pela nova ótica petista ter uma faculdade, uma pós-graduação, ter sido executivo te torna um pequeno burguês, somos taxados de gente com cara de rico falido, oras, ricos nunca fomos, fomos sim uma classe média que tinha acesso a cultura boa, livros bons, imprensa boa, e isso tudo nos foi tirado de uma forma lenta, sem que a gente percebesse.

Então eu digo que o PT não me tirou o bom gosto, ele me tirou o acesso a coisas que me faziam bem, e que eram desfrutadas com dinheiro vindo de trabalho e não de falcatruas,desvios de dinheiro público como toda essa corja petralha faz e sem um pingo de bom gosto pelo menos.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Sugestões para atravessar agosto


sugestões para atravessar agosto
Para atravessar agosto é preciso antes de mais nada paciência e fé.Paciência para cruzar os dias sem se deixar esmagar por eles, mesmo que nada aconteça de mau; fé para estar seguro, o tempo todo, que chegará setembro - e também certa não-fé, para não ligar a mínima às negras lendas deste mês de cachorro louco. É preciso quem sabe ficar-se distraído, inconsciente de que é agosto, e só lembrar disso no momento de, por exemplo, assinar um cheque e precisar da data. Então dizer mentalmente ah!, escrever tanto de tanto de mil novecentos e tanto e ir em frente. Este é um ponto importante: ir, sobretudo, em frente.
Para atravessar agosto também é necessário reaprender a dormir. Dormir muito, com gosto, sem comprimidos, de preferência também sem sonhos. São incontroláveis os sonhos de agosto: se bons deixam a vontade impossível de morar neles; se maus, fica a suspeita de sinistros augúrios, premonições. Armazenar víveres, como às vésperas de um furacão anunciado, mas víveres espirituais, intelectuais, e sem muito critério de qualidade. Muitos vídeos, de chanchadas da Atlântida a Bergman; muitos CDs, de Mozart a Sula Miranda; muitos livros, de Nietzsche a Sidney Sheldon. Controle remoto na mão e dezenas de canais a cabo ajudam bem: qualquer problema, real ou não, dê um zap na telinha e filosoficamente considere, vagamente onipotente, que isso também passará. Zaps mentais, emocionais, psicológicos, não só eletrônicos, são fundamentais para atravessar agostos.
Claro que falo em agostos burgueses, de médio ou alto poder aquisitivo. Não me critiquem por isso, angústias agostianas são mesmo coisa de gente assim, meio fresca que nem nós. Para quem toma trem de subúrbio às cinco da manhã todo dia, pouca diferença faz abril, dezembro ou, justamente agosto. Angústia agostiana é coisa cultural, sim.
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Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu - sem o menor pudor, invente um. Pode ser Natália Lage, Antônio Banderas, Sharon Stone, Robocop, o carteiro, a caixa do banco, o seu dentista. Remoto ou acessível, que você possa pensar nesse amor nas noites de agosto, viajar por ilhas do Pacífico Sul, Grécia, Cancún, ou Miami, ao gosto do freguês. Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à luz da lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados.
Não lembrar dos que se foram, não desejar o que não se tem e talvez nem se terá, não discutir, nem vingar-se ou lamuriar-se, e temperar tudo isso com chás, de preferência ingleses, cristais de gengibre, gotas de codeína, se a barra pesar, vinhos, conhaques - tudo isso ajuda a atravessar agosto. Controlar o excesso de informação para que as desgraças sociais ou pessoais não dêem a impressão de serem maiores do que são. Esquecer o Zaire, a ex-Iugoslávia, passar por cima das páginas policiais. Aprender decoração, jardinagem, ikebana, a arte das bandejas de asas de borboletas - coisas assim são eficientíssimas, pouco me importa ser acusado de alienação. É isso mesmo; evasão, escapismos. Assumidos, explícitos.
Mas para atravessar agosto, pensei agora, é preciso principalmente não se deter demais no tema. Mudar de assunto, digitar rápido o ponto final, sinto muito perdoe o mau jeito, assim, veja, bruto e seco:.
(O Estado de São Paulo, 06/08/95)